Calvário do Tamanduateí

16dez11

Arredores do rio que corta parte do ABC e a Zona Leste de São Paulo foram os mais castigados pelas fortes chuvas da madrugada de ontem

Carol Rocha

carolinamr@diariosp.com.br

A chuva na madrugada de ontem castigou especialmente a região do Rio Tamanduateí, que, nos 35 quilômetros de extensão entre Mauá, Santo André, São Caetano e São Paulo, concentra quase um terço dos piscinões da região metropolitana. A Vila Prudente, na Zona Leste, ficou em alerta por mais de três horas por conta do alagamento do rio.

A região do Tamanduateí foi intensamente ocupada nos últimos anos, tanto por residências como por fábricas, o que contribuiu para acabar com as áreas de várzea que poderiam absorver a água das chuvas.

Há anos o governo tenta resolver o problema de transbordamento do rio. Em 1998 foi criado o primeiro Plano de Macrodrenagem da Região Metropolitana de São Paulo, e uma das soluções encontradas na época foi a construção de piscinões (grande “buraco” que acumula a água que não consegue ser escoada). Na região metropolitana atualmente há 53 piscinões – 19 deles, os mais antigos da cidade, na Bacia do Alto Tamanduateí, a mais problemática da cidade. Mas são necessários mais.

A professora Nadia Somekh, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, diz que a previsão era construir 43 piscinões no Tamanduateí. “Os que foram construídos até hoje não resolveram. Mas os piscinões são apenas uma parte da solução para as enchentes. Além de ações de macrodrenagem, é preciso adotar medidas de microdrenagem, como aumentar as áreas verdes e desocupar as encostas. As enchentes são resultado da ocupação predatória da cidade”, diz.

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